domingo, 21 de junho de 2015

Lei Seca

Vamos tomar uma e sair de carro pra dar um rolé?


Nem pensar! Nenhuma cervejinha, nem cachacinha, nem qualquer outra substância psicoativa, nem mesmo na "companhia do Santo Daime".

Acho que todos conhecem bem o termo "Lei Seca"....
Pelas probabilidades, se você tem Carteira Nacional de Habilitação - CNH, você deve ser uns dos milhares de brasileiros que já fugiu de uma blitz... Se AINDA não tiver CNH, provavelmente, um dia você tentará evitar uma.

Pois é, há alguns anos, tinha gente bebendo e dirigindo por ai a vontade. Até porque a fiscalização não era tão eficaz contra aqueles que ultrapassavam a quantidade máxima permitida. Hoje, a tolerância para sanções administrativas é nula. E além de multas e perda da CNH, o motorista ou aquele que permitir pessoa alcoolizada dirigir poderá ser preso se for constatado seu nível de embriaguez.

O Código de Trânsito Brasileiro - CTB (lei 9053/97), estabeleceu, desde 2008, em seu artigo 165, que dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência é uma Infração gravíssima, tendo como penalidade multa e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses e até apreensão do veículo. (Agora você sabe porque aquele seu amigo que dirigia só está pegando táxi).

Caso a concentração de álcool  seja  igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar ou caso hajam sinais de alteração da capacidade psicomotora, o condutor de veículo automotor pode ser punido com pena de detenção, de 6 meses a 3 anos, multa e suspensão ou proibição de se adquirir permissão para dirigir.

Mas por que esse alarde todo por uma latinha de cerveja? Ou por um baseadinho? Ou ainda por uma xícara de chá do Santo? Esse povo não tá exagerando?

Bem, pode até parecer. As pessoas consomem substâncias psicoativas porque esperam tirar benefício de tal consumo, seja por prazer ou para evitar dores, incluindo o consumo social. Mas o seu consumo também pode implicar potencial de dano, a curto ou a longo prazo, como exemplo temos os efeitos biológicos, agudos ou a curto prazo, da substância sobre a saúde, que incluem principalmente dose excessiva (overdose), para drogas tais como os opioides e o álcool.

Nesta última categoria também estão classificados os acidentes automobilísticos devidos a efeitos de substâncias sobre a coordenação física, a concentração e sobre o discernimento, em circunstâncias onde sejam necessárias tais qualidades. Os acidentes resultantes da condução de veículos depois de consumo de álcool ou de outra substância são bem evidentes nesta categoria.



COMO ESSAS SUBSTÂNCIAS ATUAM NO NOSSO CORPO?

O cérebro contém dezenas de tipos diferentes de mensageiros químicos. Cada neurotransmissor específico liga-se a um receptor específico tal como uma chave a uma fechadura. A relação de neurotransmissor a receptor pode resultar num certo número de diferentes alterações na membrana pós-sináptica. Os receptores recebem o nome do tipo de neurotransmissor com o qual se ligam de preferência, por exemplo, receptores de dopamina e receptores de serotonina. Cada tipo de receptor também tem muitos subtipos. 

As substâncias psicoativas têm a propriedade de imitar os efeitos de neurotransmissores naturais ou endógenos, ou de interferir com a função normal do cérebro bloqueando uma função, ou alterando os processos normais de acumulação, liberação e eliminação de neurotransmissores. 

Um mecanismo importante de atuação das substâncias psicoativas é o bloqueio da recaptura de um neurotransmissor depois da sua liberação pelo terminal pré-sináptico. A recaptura é um mecanismo normal de eliminação do transmissor da sinapse pela membrana pré-sináptica. 

Bloqueando a recaptura, os efeitos normais do neurotransmissor são exacerbados. As substâncias psicoativas que se ligam e reforçam as funções dos receptores são chamadas agonistas, enquanto as que se ligam para bloquear a função normal são chamadas antagonistas.


E QUE MAL TEM NISSO?


Uma parte importante da carga mundial da morbidade e da incapacidade pode ser atribuída ao consumo de substâncias psicoativas. O consumo de álcool contribui de maneira importante para a carga total. Assim, medidas para reduzir os danos resultantes do tabaco, do álcool e de outras substâncias psicoativas são uma parte importante das políticas sociais.



Veja agora quanto tempo em média o álcool leva para desaparecer de seu corpo:

Um copo de cerveja (350 ml) – 1 hora;
Uma dose de vinho (150 ml) – 1 hora e 25 minutos;
Uma dose de uísque, tequila ou pinga (50 ml) – 1 hora e 15 minutos.
E não adianta reclamar dizendo que o aparelho está estragado, a margem de erro do bafômetro, segundo o Inmetro, é de apenas 1 %.



FONTES:
http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/lei_seca/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503.htm
http://www.brasilescola.com/quimica/lei-seca.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12760.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11705.htm
http://www.who.int/substance_abuse/publications/en/Neuroscience_P.pdf
http://www.gentequeeduca.org.br/planos-de-aula/como-drogas-e-outras-substancias-psicoativas-agem-em-nosso-corpo

Gripe? Xô pra lá!



E aí, pessoal? Hoje é o primeiro dia do inverno e nessa época é comum ficarmos em lugares fechados para evitarmos o frio. Mas junto com o frio desses dias, chegam também as doenças respiratórias. Resfriados, gripes, rinites e tantas outras “ites” atacam mais no inverno. Mas vamos focar na gripe? Há diversas maneiras de evitar essa doença e uma delas é a vacina contra a gripe, disponibilizada de graça pelo Governo nos postos de saúde.


O Brasil é referência mundial em vacinação e o Sistema Único de Saúde (SUS) garante à população brasileira acesso gratuito a todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Ainda assim, muitas pessoas deixam de comparecer aos postos de saúde para atualizar a carteira de vacinação, e também de levar os filhos no tempo correto de aplicação das vacinas.


Nesse ano, a campanha de vacinação contra a gripe foi até o dia 05 desse mês. A ideia era alcançar a meta de vacinar, pelo menos, 80% do público prioritário. Um balanço do Ministério da Saúde indica que, até o dia 22 de maio, foram vacinadas mais de 23 milhões de pessoas, o que representa 46,2% do público-alvo, formado por 49,7 milhões de pessoas, consideradas com mais riscos de desenvolver complicações causadas pela doença.

Ok, mas quem faz parte desse público-alvo? A definição dos grupos prioritários segue a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), além de ser respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias. São priorizados os seguintes grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias:


- Idosos com mais de 65 anos

- Grávidas
- Crianças pequenas, entre 6 meses e 5 anos (antes era só até os 2 anos)
- Índios
- Profissionais da saúde


Mas o Ministério da Saúde também divulgou em nota que, além do grupo prioritário, também foram aplicadas 3,5 milhões de doses nos grupos de pessoas com comorbidade, população privada de liberdade e trabalhadores do sistema prisional.

O vírus



O vírus Influenza é uma partícula esférica que tem um diâmetro interno de aproximadamente 110 nm* e um núcleo central de 70 nm. A superfície é coberta por proteínas de aproximadamente 10 nm de comprimento com funções essenciais ao vírus: a hemaglutinina, responsável pela entrada do vírus nas nossas células onde este se irá multiplicar; e aneuraminidase permite a libertação dos novos vírus que irão à conquista de novas células. O vírus da gripe apresenta um genoma constituído por segmentos de ácido ribonucleico (ARN), o qual codifica, entre uma grande variedade de proteínas virais, as proteínas acima mencionadas.

São ortomixovírus, com três tipos antigênicos: A, B e C. O mais importante epidemiologicamente é o tipo A, capaz de provocar pandemias, seguido do tipo B, responsável por surtos localizados. O tipo C está associado com a etiologia de casos isolados ou de pequenos surtos.

A variabilidade das proteínas virais, Hemaglutinina (H) e Neuraminidase (N), no vírus da gripe A, está na base da sua classificação em diferentes subtipos (por exemplo, H5N1 ou H1N1). Atualmente conhecem-se 16 tipos diferentes de hemaglutinina (H1-H16) e 9 de neuraminidade (N1-N9). É a sua combinação que define o subtipo de vírus da gripe A expresso, o qual apresentará uma resposta epidemiológica e clínica específica.

Os vírus da gripe têm formas distintas (são pleiomórficos). Vírus que são mantidos em laboratório são predominantemente esféricos ou elípticos, e vírus isolados de amostras clínicas são filamentosos. Vírus utilizados para vacinas são produzidos em ovos embrionados e têm uma forma esférica. E saber isto é importante? É.

A forma filamentosa pode facilitar, por exemplo, a transmissão do vírus de uma célula onde foi produzida, para a célula adjacente ou facilitar a passagem do vírus pela camada de muco que protege os pulmões. A morfologia do vírus traz grandes consequências para a infecção. Qualquer virião tem de entrar na célula para conseguir replicar-se. A célula tem cerca de 40 micrómetros de largura, o que dificulta a entrada de vírus filamentosos. Os mecanismos celulares que permitem aos vírus filamentosos penetrarem nas células ainda não estão bem caracterizados pela ciência mas são bem diferentes da dos esféricos, cujo mecanismo está bastante bem elucidado, sendo uma área bem interessante na investigação e que pode inclusivamente dar origem a novos medicamentos antivirais. Afinal, se o vírus não conseguir entrar na célula, não conseguirá provocar doença.


Os vírus da influenza causam doença respiratória aguda, denominada influenza ou gripe, caracterizada clinicamente por febre alta, calafrios, cefaleia, mal estar, mialgia e tosse seca. Conjuntivite, dor abdominal, náusea e vômitos são frequentes. Em crianças pequenas o quadro clínico pode simular uma sepse. O mal estar geral pode persistir por vários dias e até mesmo semanas. Pode ocorrer miosite - inflamações musculares -, com dores musculares e dificuldade de andar.


A Vacina



No Brasil, a vacina contra a gripe é feita com vírus morto. Ela contém apenas algumas proteínas específicas do vírus Influenza, chamadas de antígenos, que são capazes de estimular o sistema imunológico a produzir anticorpos.


Existe uma diferença entre os vírus que causam a gripe, mas ela não muda os sintomas da doença. Nós temos o vírus de influenza A e o influenza B. Assim, as vacinas são trivalentes, ou seja, imunizam contra três tipos de vírus diferentes. 



A composição da vacina é recomendada anualmente pela OMS, com base nas informações recebidas de todo o mundo sobre a prevalência das cepas circulantes. Dessa forma, a cada ano a vacina da gripe muda, para proteger contra os tipos mais comuns de vírus da gripe circulantes no ano anterior. Por isso é importante os grupos de riscos serem vacinados anualmente!

A vacina disponibilizada pelo Ministério da Saúde em 2015 protege contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela OMS para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). 


É importante lembrar que a vacina contra influenza é segura e também é considerada uma das medidas mais eficazes na prevenção de complicações e casos graves de gripe!


Como o organismo leva, em média, de duas a três semanas para criar os anticorpos que geram proteção contra a gripe após a vacinação, o ideal é realizar a imunização antes do início do inverno, por isso a campanha foi só até o dia 05, para que todos dos grupos de riscos já estivessem imunizados para esse inverno. É claro que isso não impede alguém que não se vacinou de tomar a vacina num período posterior.

Outro fato que devemos destacar é que é mito essa história de que podemos contrair a doença pela vacina. Após a aplicação da vacina pode ocorrer, de forma rara, dor no local da injeção, eritema e enrijecimento. São manifestações consideradas comuns, cujos efeitos costumam passar em 48 horas, mas não há como ficar gripado por conta da vacina contra a gripe ;P

Mas uma dica: A vacina não é recomendável para quem tem alergia à proteína do ovo (albumina) – usada na fabricação – ou para quem teve reações adversas a doses anteriores.

Sobre anticorpos...



Em 2011, cientistas dos Estados Unidos descobriram um anticorpo que age contra 30 das 36 cepas da gripe. A descoberta representa um grande avanço na busca de um tratamento universal e de uma vacina contra a doença.

O novo anticorpo, denominado CH65, consegue aderir na superfície do vírus da gripe, denominada hemaglutinina, a qual sofre mutação a cada temporada, forçando os especialistas a projetar regularmente uma nova vacina.

"O que isto nos diz é que o sistema imunológico humano pode ajustar sua resposta à gripe e de fato produzir, embora com uma frequência baixa, anticorpos que neutralizam toda uma série de cepas", disse o autor principal do estudo, Stephen Harrison, do Hospital Infantil de Boston, Massachussetts.

Bom, pessoal, a postagem de hoje fica por aqui! Mais informações sobre a gripe e a vacina, dá uma olhada nesses links que usamos como referência:


terça-feira, 9 de junho de 2015

Álcool tem limite?




        

Você bebe? Juro que não haverão julgamentos... Mas o alcoolismo é uma patologia grave e existem Políticas Públicas para prevenir, tratar e educar o uso do álcool.


A POLÍTICA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE PARA A ATENÇÃO INTEGRAL A USUÁRIOS DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS 

     Uma política de prevenção, tratamento e de educação voltada para o uso de álcool e outras drogas construída nas interfaces intra-setoriais possíveis aos Programas do Ministério da Saúde, o mesmo ocorrendo em relação a outros Ministérios, organizações governamentais e não-governamentais e demais representações e setores da sociedade civil organizada, assegurando a participação intersetorial.

     É reconhecido, portanto, que uma decisão política e visão social são elementos indispensáveis. É necessário reafirmar que o uso de álcool e outras drogas é um grave problema de saúde pública, reconhecendo a necessidade de superar o atraso histórico de assunção desta responsabilidade pelo SUS, e buscando subsidiar a construção coletiva de seu enfrentamento.

     A rede – de profissionais, de familiares, de organizações governamentais e não-governamentais em interação constante, apoiando-se mutuamente – que cria acessos variados, acolhe, encaminha, previne, trata, reconstrói existências, cria efetivas alternativas de combate ao que, no uso das drogas, destrói a vida.



CAPS AD (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas) 


O CAPS AD é a única unidade de saúde especializada em atender os dependentes de álcool e drogas, que tem por base o tratamento do paciente em liberdade, buscando sua reinserção social e trabalhando por meio de uma equipe multiprofissional, realizando atividades recreativas, educativas e profissionalizantes e palestras educativas. 

O CAPS AD oferece atendimento diário a pacientes que fazem uso prejudicial de álcool e outras drogas, permitindo o planejamento terapêutico dentro de uma perspectiva individualizada de evolução contínua. Pela importância do apoio familiar, são regularmente feitas reuniões com os familiares.


Certo, existem muitas outras Políticas contra o álcool, mas por que elas existem?

A simples cervejinha no final do dia pode representar bem mais pra muitas pessoas. Uma patologia como o alcoolismo afeta aspectos sociais, psíquicos e físicos de alguém.

O consumo de grandes quantidades de álcool em poucos dias ou de quantidades menores em pequenos intervalos induz ao estado de dependência física manifestada por sintomas clínicos quando a concentração de álcool no cérebro declina. 

A dependência é explicada fisiologicamente porque o álcool produz na região do núcleo acumbens (núcleo do prosencéfalo basal próximo ao septo, recebe botões terminais de neurônios dopaminérgicos provenientes da área tegmental ventral e acredita-se estar envolvido no reforço e na atenção) um estímulo de reforço para a atitude compulsiva de beber. O etanol promove a liberação de dopamina no núcleo acumben, promovendo a sensação de prazer. Essa mesma liberação ocorre naturalmente com alimento, parceiro sexual ou água, são portanto, uma estimulação cerebral reforçadora.

Além disso, os álcool apresenta efeitos agudos e crônicos. No caso dos agudos, eles são marcadores da ação inibitória que o álcool tem sobre o Sistema Nervoso Central, assim como anestésicos, causando alegria e loquacidade, por exemplo. A experiência do prazer acontece por um encadeamento de neurônios que interagem dentro do sistema límbico, por meio de diversos neurotransmissores, como por exemplo a dopamina.

Quanto aos efeitos crônicos o álcool causa no sistema límbico uma menor oxigenação, devido à diminuição da circulação do sangue nessa área. Ocorre um desornamento dos processos neurológicos, principalmente do córtex cerebral, que é responsável pelo controle integrador. Os principais processos afetados são aqueles que dependem de treinamento, autocontrole, memória e concentração.


E como é a absorção do álcool?

Quando digerido o álcool é absorvido pelo estômago e intestino delgado. Em razão do álcool ser facilmente solúvel em água ou gordura, boa parte é absorvida diretamente na mucosa do estômago. Caso este órgão esteja vazio a absorção é acelerada e sua chegada no cérebro e fígado mais rápida, apresentando maior probabilidade de causar riscos à saúde e a embriaguez é produzida mais rapidamente. 

A metabolização hepática ocorre principalmente por oxidação, devido a ação da enzima citoplasmática álcool-desidrogenase (ADH), que o transforma em aldeído acético. O aldeído acético é uma substância tóxica e é rapidamente convertida pela enzima aldeído-desidrogenase (ALDH) em acetato, que por sua vez se transforma em acetilcoenzima A que participa do ciclo de Krebs, liberando gás carbônico e água. As moléculas de acetil-coenzima A podem também ser utilizadas nas reações anabólicas, como síntese de colesterol, ácidos graxos ou outros componentes do tecido. 


CONCLUINDO...

O consumo de álcool não é uma simples brincadeira... É preciso tomar cuidado, pois a dependência dele é um patologia muita grave que afeta tanto quem consome, quanto às pessoas próximas à ela. Além disso, seus danos afetam tanto a esfera física, como psíquica e social.

Então vamos curtir com moderação certo??? Até o próximo post :)


FONTES:

  • COMAD. Conselho Municipal Antidrogas. Prefeitura Municipal de Campo Grande. CAPSAD (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas). Disponível em: <http://www.pmcg.ms.gov.br/comad/canaisTexto?id_can=3149>. Acesso em: 06 jun. 2015.
  • BRASÍLIA - DF. Grupo de Trabalho em álcool e Outras Drogas. Ministério da Saúde (Org.). Política para a Atenção Integral ao Uso de Álcool e Outras Drogas. 2003. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pns_alcool_drogas.pdf>. Acesso em: 08 jun. 2015.
  • COSTA, Rita Mara Reis. UNICEUB. O álcool e seus efeitos no Sistema Nervoso.  2003. Disponível em: <http://repositorio.uniceub.br/bitstream/123456789/2371/2/20023008.pdf>. Acesso em: 08 jun. 2015.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Você é Normal ou Cesárea?





Não sei vocês, mas eu nasci de parto cesáreo... E essa vem sido uma tendência a cada vez mais  comum entre as mamães. 

Com isso o Ministérios da Saúde e a Agência Nacional de Saúde (ANS) começaram desde de outubro de 2014 a anunciar medidas de incentivo ao parto normal. Foi mencionado pelo ministro da Saúde que o número de cesarianas desnecessárias no Brasil era estrondoso e ressaltado que o parto não deve ser visto como uma questão de consumo, e sim de Saúde Pública. 

Essas iniciativas seriam abertura de consulta pública, para colher sugestões da sociedade civil e dos conselhos de saúde para regulamentar o acesso à informação, de forma que a mulher possa solicitar taxas de cesáreas e de partos normais por estabelecimento de saúde e por médico, independente de estarem grávidasou não.


Além disso, o ministério defendeu o estímulo a uma nova formação dos profissionais e mudanças no modelo de atenção dentro dos hospitais com treinamento de equipes, envolvimento e participação de profissionais de enfermagem. Aliado a isso, deveria haver humanização do ambiente hospitalar.


Mas qual o problema do Parto Cesáreo?


Quando não tem indicação médica, a cesariana ocasiona riscos desnecessários à saúde da mulher e do bebê: aumenta em até 4 vezes a probabilidade de problemas respiratórios para o recém-nascido e triplica o risco de morte da mãe. Seguem algumas complicações que podem acometer a gestante:
  • Maior risco de infecções.
  • Maior risco de trombose dos membros inferiores.
  • Maior risco de hemorragias.
  • Maior risco de reações aos anestésicos.
  • Recuperação mais prolongada após o trabalho de parto. 
  • Maior incidência de dor no pós operatório


E o que ocorre no Parto Normal?

    É algo natural. O parto normal não causa risco de hematomas, infecções ou complicações para a mãe nem para o bebê. É um tipo de parto que acontece naturalmente, no momento certo de o bebê nascer.

    Ao realizar parto normal o organismo da mãe produz ocitocina e prolactina, hormônios naturais que aceleram a descida do leite, e em um prazo máximo de 48 horas mãe e bebê recebem alta hospitalar e vão para casa.

    Mas até ocorrer todo esse processo, desde o trabalho de parto, às contrações musculares e o vínculo mãe e filho após o parto, ocorrem por meio de um hormônio já citado: Ocitocina.

    Ocitocina, fale mais sobre isso...

    Ok Ok!


    É um peptídeo formado por nove aminoácidos. Na molécula de ocitocina pode-se observar a ligação dissulfeto entre os resíduos de cisteína, além das inúmeras ligações peptídicas, o que faz com que possamos encontrar diversos grupos amida (-CONH) em sua moléculas.

    A ocitocina é um hormônio produzido apenas em mamíferos e também age como um neurotransmissor. Ela é produzida nos núcleos paraventriculares do hipotálamo (PVC) pelos neurônios magnocelulares, mas é liberada somente na neuroipófise. Tem receptores em diversos locais do corpo, incluindo o sistema cardiovascular.

    A ocitocina foi o primeiro hormônio polipeptídico a ser sequenciado e sintetizado, MAS quando é ministrada ocitocina sintética a uma mulher durante o trabalho de parto, o número de receptores de ocitocina no útero é reduzido pelo corpo para prevenir uma estimulação em excesso.³ Isso significa que a mulher tem maiores riscos de hemorragia pós-parto, pois sua própria liberação de ocitocina, crítica nesse momento para contrair o útero e prevenir a hemorragia, será inútil devido ao baixo número de receptores.




    Bom gente, esperamos que tenha ficado aí a reflexão quanto à "modinha" que vem aumentado no Brasil de parto cesáreo desnecessariamente... 

    Até o próximo post! :)





    Fontes:
    http://blog.planalto.gov.br/ministerio-da-saude-e-ans-anunciam-medidas-de-incentivo-ao-parto-normal/
    http://www.labjor.unicamp.br/midiaciencia/article.php3?id_article=523
    http://www.mdsaude.com/2013/10/parto-cesariana.html
    http://www.mundoeducacao.com/biologia/vantagens-parto-normal.html
    http://qnint.sbq.org.br/qni/popup_visualizarMolecula.php?id=GIDj94JSw3UbXbHfqjR2GewtL-19lwamuOROMWZcpI17WbSPa86rfFXmMr17d1qiz15B6jn2RclWp2SzNZC9WQ==

    quarta-feira, 6 de maio de 2015

    4:20 Legalize?



    Nessa semana faremos um post de interesse global, e bastante polêmico...

    Vamos tratar de uma Política Social holandesa e uruguaia, fazendo uma comparação com o que vem acontecendo no Brasil.

    Holanda

    Possui uma política que é muito criticada por permitir o uso de Maconha.

    Pra começar, o uso não é permitido em público, apenas nos coffeeshops de Amsterdã. Além disso, existem limites máximo para o porte e cultivo e uma idade mínima (18) para a compra. Eles tem uma tolerância especial para as drogas consideradas "leves", mas dê uma olhada nas leis de drogas em Amsterdã:

    • A posse de drogas é punível, no caso da cannabis, o limite é de 5g. Se a pessoa simplesmente entregar a droga, não será processada;
    • Caso a quantidade de droga supere 5g (quantidade para uso próprio), a pessoa será multada e correrá risco de uma sentença de prisão;
    • Menores de idade (18) não podem possuir drogas, a tolerância não se aplica a eles;
    • Cultivar em casa é ilegal, mas 5 plantas ou menos pode ser entregue sem muitos riscos de ser processado;
    • Drogas pesadas não são permitidas;
    • Importação e exportação de drogas é ilegal;
    • Não se pode fumar em público, nem usar drogas leves, a menos em coffeeshops.


    E o que são coffeshops


    É o local em que a Maconha é vendida e consumida. Lá não se pode ter nenhuma propaganda que possa identificar o coffeeshop, e os coffeeshops oficiais da Holanda possuem uma licença que deve ficar colada na janela (weedpass). Para entrar, é necessário apresentar documento que comprove idade superior a 18 anos. Lá não é permitido a venda de álcool e o consumo de tabaco é proibido dentro do estabelecimento.




    Mas como a Maconha age?



    Maconha é o nome dado no Brasil ao vegetal Cannabis sativa. A planta produz mais de 400 substâncias químicas que interferem na fisiologia humana, uma delas é o THC (tetrahidrocanabinol) que é a principal responsável pelos efeitos da maconha. Tais efeitos dependem de vários fatores, como quantidade, potência da fumaça inalada em termos de THC, personalidade, influência do meio onde se fuma e se esperam certas sensações.


    A ação do THC no sistema nervoso central se traduz pela fixação sobre os receptores canabinóides presentes no cerebelo, hipocampo e córtex, que pertencem à família da proteína G . 

    Depois da inalação da fumaça, os compostos voláteis da maconha chegam rapidamente à corrente sanguínea por meio dos alvéolos pulmonares e logo produzem efeitos. Alguns dos efeitos fisiológicos prejudiciais são: mudanças no funcionamento dos processos cerebrais (produz atrofia cerebral), prejudica o metabolismo, atrapalha a formação de DNA e RNA, proteínas que são indispensáveis às divisões celulares. Mas pesquisas também estão sendo feitas para comprovar a eficácia desse composto na ajuda contra doenças neurológicas.

    Leia mais no blog dos nossos colegas! Só clicar aí: Doping Universitário


    URUGUAI


    Em 2013, o país se tornou o primeiro país do mundo a legalizar a produção, a distribuição e venda de maconha sob controle do Estado. Com isso, o governo tem como objetivo tirar o poder do narcotráfico e diminuir a dependência dos uruguaios de drogas mais pesadas.


    Pela lei, o Estado assume o controle e a regulação das atividades de importação, produção, aquisição, a qualquer título, armazenamento, comercialização e distribuição de maconha ou de seus derivados.


    Todos os uruguaios ou residentes no país, maiores de 18 anos, que tenham se registrado como consumidores para o uso recreativo ou medicinal da maconha poderão comprar a erva em farmácias autorizadas

    Mas não é assim tão liberal quanto vocês podem estar pensando... O acesso é por 2 vias: autocultivo pessoal (até seis pés de maconha e até 480 gramas por colheita por ano)  e clubes de culturas (com um mínimo de 15 membros e um máximo de 45 e um número proporcional de pés de maconha com um máximo de 99). A lei limita a quantidade máxima que um usuário pode portar: 40 gramas. A legislação também determina o máximo que uma pessoa pode gastar por mês com o consumo do produto.

    Segundo o governo, a medida não ampliará o mercado de maconha: a lei simplesmente regulariza o uso para não incentivar o consumo. Mas sempre há oposição e a medida é, até hoje, polêmica...


    Enquanto isso, no Brasil...


    A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidiu, em janeiro deste ano, pela retirada do Canabidiol (CBD) da lista de substâncias proibidas no Brasil.  O uso compassivo foi autorizado pelo Conselho Federal de Medicina para crianças e adolescentes portadores de epilepsias refratárias aos tratamentos convencionais.

    Mas, ainda é vedada a prescrição da cannabis in natura para uso medicinal, bem como quaisquer outros derivados, informando também que o grau de pureza da substância e sua apresentação devem seguir os critérios da Anvisa.


    Com a decisão da Anvisa, as empresas interessadas poderão produzir e vender derivados de canabidiol após a obtenção de um registro da agência. A aquisição do produto, segundo o órgão, deverá ocorrer de forma controlada, com a exigência de receita médica de duas vias.

    Ainda não há evidências científicas que comprovem que os canabinóides são totalmente seguros e eficazes no tratamento de casos de epilepsia, logo a prescrição deve ser feita de modo compassivo, ou seja, o medicamento não é registrado e apenas podem ser prescritos para pacientes com doenças graves e sem alternativa terapêutica satisfatória com produtos registrados no país.

    Mas há muito ainda para se falar de legalização no nosso país: na avaliação da presidente Dilma, não cabe a legalização da maconha no Brasil porque é um país onde existe o crime organizado e as principais drogas são o crack e a cocaína. Para a presidente, a "pauta" não é a legalização, mas, sim, o combate ao tráfico e o tratamento de viciados, além da prevenção.


    CUIDADO!

    É um assunto muito polêmico, e é preciso que muitos repensem até que ponto dar um "tapa" é inofensivo... Mas pensar na maconha como alternativa de tratamentos também é importante.

    Esperamos que tenham gostado do post e comente a sua opinião sobre a Legalização da Maconha no Brasil! 

    Até a próxima :)



    Fontes:

    • AMSTERDAM GUIDE. Amsterdam Coffee shops Guide. 2015. Disponível em: <http://www.amsterdam.info/coffeeshops/>. Acesso em: 11 maio 2015.
    • TOXICOLOGIA (Intoxicação Por Drogas de Abuso). Maconha: Mecanismo de ação. Disponível em: <http://ltc.nutes.ufrj.br/toxicologia/mVIII.maco.htm>. Acesso em: 11 maio 2015.
    • SILOCCHI, Bianca Antunes; OLIVEIRA, Fabiola Aparecida de. Efeitos Fisiológicos da Maconha. Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná – Ceulji/Ulbra.
    • BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - ANVISA. . Canabidiol é reclassificado como substância controlada. 2015. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/anvisa+portal/anvisa/sala+de+imprensa/menu+-+noticias+anos/2015/canabidiol+e+reclassificado+como+substancia+controlada>. Acesso em: 11 maio 2015.
    • CONSELHO FEDERAL DA MEDICINA. CFM regulamenta o uso compassivo do canabidiol para crianças e adolescentes com epilepsias refratárias aos tratamentos convencionais. 2014. Disponível em: <http://portal.cfm.org.br/canabidiol/>. Acesso em: 11 maio 2015.
    • BBC BRASIL. Uruguai aprova legalização do cultivo e venda da maconha. 2013. G1. Disponível em: <http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/12/uruguai-aprova-legalizacao-do-cultivo-e-venda-da-maconha.html>. Acesso em: 11 maio 2015.

    Quanto custa uma vacina contra HPV?


    Quanto custa uma vacina de proteção contra o Antipapilomavírus Humano (HPV)?

    Na Rede Privada, não é nenhum pouco barato: cada vacina custa em média de R$350,00. Contudo, são necessárias 3 aplicações, totalizando um custo de R$1.050,00.

    Já no SUS, é de graça para o público alvo do programa de vacinação.

    Mas como esperar que mulheres de baixa renda consigam ter acesso à proteção contra o HPV (doença que afeta em grandíssima maioria esse público)?

    Por isso, foi criada em 2010 o Projeto de Lei 6820 que visava alterar a lei de nº 6259, que dispõe sobre a organização das ações de Vigilância Epidemiológica, no sentido de garantir o oferecimento da vacinação antipapilomavírus humano (HPV), que começou a vigorar desde o ano de 2014, com muitas campanhas para a vacinação de meninas com idade de 11 a 13 anos.
    *em 2015: Crianças de 9 a 11 anos de idade foram incluídas na campanha


    LEI No 6.259, DE 30 DE OUTUBRO DE 1975.
    Art 1º Consoante as atribuições que lhe foram conferidas dentro do Sistema Nacional de Saúde, na forma do artigo 1º da Lei nº 6.229, inciso I e seus itens a e d , de 17 de julho de 1975, o Ministério da Saúde, coordenará as ações relacionadas com o controle das doenças transmissíveis, orientando sua execução inclusive quanto à vigilância epidemiológica, à aplicação da notificação compulsória, ao programa de imunizações e ao atendimento de agravos coletivos à saúde, bem como os decorrentes de calamidade pública.


    A infecção pelo HPV é causa de desenvolvimento de câncer de colo do útero, mas nem todas mulheres infectadas desenvolverão câncer. Normalmente, consequências aparentes ou mesmo o câncer surgirão vários anos depois, depois de considerável progressão que inclui lesões pré-cancerosas.
    Além do câncer de colo de útero, o HPV também pode estar relacionado a associado ao câncer anal, vaginal, peniano e de vulva, e, até, da região orofaríngea e do trato respiratório superior. O câncer de colo do útero é responsável por elevada morbidade e mortalidade entre as mulheres.

    No Brasil, há duas vacinas registradas na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA): a bivalente (contra os tipos 16 e 18) e a quadrivalente (contra os tipos 16, 18, 6, 11).

    E como funciona?

    As vacinas para proteção contra o HPV são seguras e protegem por 9 anos ou mais (após três doses aplicadas num intervalo de 6 meses). São vacinas que não contém vírus vivo ou atenuado (usam tecnologia de DNA recombinante), produzindo anticorpos específicos para cada tipo de HPV, que neutralizam o vírus antes que penetre nos epitélios. Essas vacinas tem demonstrado eficácia de 90% a 100% no tratamento, prevenindo a infecção de tipo específico de HPV.

    Anticorpos, ou imunoglobulinas, são proteínas sintetizadas pelos linfócitos B que são responsáveis por identificar, neutralizar e marcar corpos estranhos. Cada anticorpo dispõe de dois sítios, chamados de parátopos, que se ligam a uma parte especifica do antígeno, o epítopo. A especificidade que determina a afinidade entre anticorpos e antígenos é semelhante à existente na relação entre fechaduras e chaves. Essa interação sinaliza uma ação para que outros componentes do sistema imunológico destruam, por exemplo, microrganismos ou células tumorais.

    Há de se lembrar que a vacina não  surtirá efeito  quando houver infecções por HPV preexistentes ou quando contra outros tipos de HPV. Nesses casos é necessário exames rotineiros de prevenção do câncer ginecológico através do Papanicolaou, como recomenda o Ministério da Saúde no Brasil.

    A vacinação de meninas antes da exposição ao HPV é de grande vantagem para o sistema de saúde pública, principalmente financeira. À época da criação da lei, o custo da vacinação ao erário é em torno de 75 dólares por três doses (esse valor já custou o dobro), sendo que o custo ainda pode reduzir bastante.

    Atualmente, estes custos ainda são bem elevados, embora sejam feitos acordos de transferência de tecnologia, também com intuito de reduzi-los. Os estudos para a implementação da vacina contra HPV apenas para meninas de 11 a 13 anos demonstraram que o custo estimado segundo o preço praticado pelo fundo rotatório da Organização Pan Americana da Saúde (OPAS), seria de R$600.000.000,00 (seiscentos milhões de reais), em torno de  1\3 do gastos atuais do Programa Nacional de Imunizações, considerando a produção, transporte e melhoria do sistema de refrigeração para armazenamento dessas vacinas, valor bem considerável, mas viável diante dos benefícios gerados a longo prazo.

    Felizmente, o projeto de lei foi aprovado e atualmente a vacina contra o HPV é umas 25 vacinas inclusas no calendário do Programa Nacional de Imunizações, vacinando meninas que estão próximas a iniciar a atividade sexual em suas vidas.




    Curiosidades sobre o HPV 
    • O HPV é a DST mais populosa no mundo. 
    • Seis milhões, em média, de pessoas são infectadas por ano.
    • Em torno de 80% das mulheres entram em contato com  um dos tipos de HPV durante toda a vida.
    • 630 milhões de pessoas apresentam infecção genital, com prevalência mundial de 9 a 13%.
    • A chance de se adquirir a infecção ao longo da vida é de 50%.
    • Geralmente, ocorre entre dois a dez anos após o início da vida sexual.
    • A taxa de transmissibilidade do HPV altíssima.
    • Num ato sexual há chances entre 5 e 100% de se produzir uma infecção, sendo a média de 60%.
    • ocorrem a nível mundial cerca de 530 mil casos novos de câncer do colo do útero por ano, sendo esse tipo de câncer responsável por 275 mil óbitos anuais de mulheres, no mundo.
    • A nível mundial surgem cerca de 530 mil casos novos de câncer do colo do útero por ano por causa do HPV
    • Esse tipo de CA é responsável por 275 mil, em média, óbitos anuais de mulheres, no mundo.

    Bom, deu pra ver o grande passo que o Estado deu a nível de saúde pública, fazendo um grande investimento para reduzir custos maiores, por exemplo, com o atendimento e tratamento de uma quantidade considerável de mulheres com câncer de colo de útero. 

    Então, mães, levem suas filhas para se vacinarem na rede pública! E jovens de um modo geral que não estão dentro da idade da campanha e não possuem condições de arcar com o custo da vacina na rede privada, tentem buscar formas de exigir dos seus candidatos políticos eleitos que essa Política Social seja mais abrangente!


    Para mais informações sobre o HPV e sua prevenção, vejam o blog dos nossos colegas! Só clicar aí embaixo:



    Fica o videozinho para ajudar na conscientização e até o próximo post! :)



    Fontes:

    • BRASIL. Portal Brasil. Governo Federal. Cobertura da vacina HPV será ampliada a partir de 2014: Cobertura Vacinal. 2013. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/saude/2013/09/cobertura-da-vacina-hpv-sera-ampliada-a-partir-de-2014>. Acesso em: 04 maio 2015
    • BRASIL. CÂMARA DOS DEPUTADOS. PL 6820/2010: Projeto de Lei. Disponível em: <http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=466342&ord=1>. Acesso em: 04 maio 2015.
    • JINKINGS, Raphael et al. Como o vírus HPV pode induzir a formação de câncer. 2011. Blog Bioquímica do Câncer. Disponível em: <http://bioqdocancer.blogspot.com.br/2011/11/como-o-virus-hpv-pode-induzir-formacao.html>. Acesso em: 04 maio 2015.
    • VACINA CONTRA PAPILOMAVÍRUS HUMANO – HPV. 2007. Informativo Cedipi. Disponível em: <http://www.cedipi.com.br/informativo/INFORMATIVO04.pdf>. Acesso em: 04 maio 2015.
    • BRAGUETO, Tatiana; SUZUKI, Linda Emiko. Vacinas contra o Papilomavírus Humano – HPV. Revista NewsLab. Disponível em: <http://www.newslab.com.br/art03.htm>. Acesso em: 04 maio 2015.
    • SILVA, Antonio Márcio Teodoro Cordeiro; AMARAL, Marcus Vinícius Teixeira; CRUZ, Aparecido Divino da. HPV e Câncer: O Papel do Papiloma Vírus Humano na Carcinogênese. Biotecnologia Clínicaa & Desenvolvimento, v. 29, p.48-54, Disponível em: <http://www.biotecnologia.com.br/revista/bio29/hpv.pdf>. Acesso em: 04 maio 2015.
    • BRASIL. Lei nº 6259, de 30 de outubro de 1975. Dispõe sobre a organização das ações de Vigilância Epidemiológica, sobre o Programa Nacional de Imunizações, estabelece normas relativas à notificação compulsória de doenças, e dá outras providências. Lei no 6.259, de 30 de Outubro de 1975. Brasília, DF, Casa Civil - Presidência da República. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6259.htm>. Acesso em: 05 maio 2015.

    segunda-feira, 27 de abril de 2015

    Você come iodo, sim!




    Você sabia que a presença de iodo no Sal é uma lei?

    Sal é um mineral tão comum na nossa alimentação... Então por que essa obrigatoriedade? Pra que ingerir tanto iodo?

    LEI Nº 6.150, DE 3 DE DEZEMBRO DE 1974.
    Art. 1º É proibido, em todo o Território Nacional, expor ou entregar ao consumo direto sal comum ou refinado, que não contenha iodo nos teores estabelecidos em Portaria do Ministério da Saúde.



    Uma coisa de cada vez! Pra começar, o sal de cozinha, na verdade, Cloreto de Sódio (NaCl), é essencial para o equilíbrio metabólico de fluidos e eletrólitos no nosso corpo. Ele é utilizado domesticamente para salgar e para conservar comida.


    CUIDADO!

    Ele é usado pra manter EQUILÍBRIO. Então tem limites de consumo também! O excesso de NaCl no organismo causa diversos problemas, muitos derivados do aumento da pressão arterial.


    Mas e o iodo?

    O iodo é um elemento indispensável ao funcionamento do organismo de mamíferos. Esse mineral participa na formação de dois hormônios da glândula tireoide (tiroxina - T3 - e triiodotiroxina - T4). Esses hormônios são indispensáveis ao desenvolvimento do organismo, agem sobre a maioria dos órgãos e das grandes funções: o sistema nervoso e cardiovascular, a termogênese, os músculos esqueléticos, as funções renais e respiratórias.


    Além disso, não é um composto facilmente encontrado em fontes naturais de alimentação, mas, mesmo a partir de uma iniciativa privada, essa obrigatoriedade da iodação do Sal deve ser devidamente fiscalizada pelo Estado.

    A necessidade, no mais, foi de auxiliar a prevenir doenças causadas pela falta do iodo (Deficiência de Iodo - DDI). O distúrbio mais conhecido é o Bócio: Hipertrofia da Glândula Tireoide.

    Primeiramente, o hipotálamo libera o hormônio estimulante do TSH (hormônio estimulante da tireoide), este atua na hipófise, que secreta o TSH, atuando na tireoide e induzinido a liberação dos hormônios T3 e T4, em que o iodo participa na formação. Tudo isso ocorre em um efeito de feedback em que o estímulo da liberação de T3 e T4 inibe a ação da hipófise sobre o estímulo do TSH.

    A deficiência crônica do iodo acarreta o aumento da secreção do TSH e, consequentemente, estimula a função e o crescimento em todas as células foliculares, ocorrendo a formação de nódulos a partir dos tireócitos com elevado potencial para o crescimento. Então, o bócio é esse aumento descontrolado da tireoide, causado, principalmente, pelo aumento da secreção do TSH, que, por sua vez, é causado pela deficiência de iodo.




    Mas iodo demais...

    ...também faz mal! E pode levar a várias doenças, como a tireoidite de Hashimoto, que é uma doença na qual o próprio organismo produz anticorpos contra a glândula tireoide, levando a uma inflamação crônica que pode acarretar o aumento de seu volume (bócio) e diminuição de seu funcionamento (hipotireoidismo) e tem entre seus principais sintomas fadiga crônica, cansaço fácil e ganho de peso.

    Então, para evitar essa doença, em 2013 foi aprovada, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), uma medida que reduz os limites de iodo adicionado no sal de consumo humano, pois pesquisas revelaram que a população brasileira consome uma taxa de iodo maior do que a recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), já que consumimos mais sal do que o recomendado também...

    Então fica aí o esclarecimento galera! A presença de iodo no sal de cozinha já reduziu e muito os índices de Bócio no Brasil... Mas como foi dito, tudo com moderação! Sal demais também não é a solução.

    Esperamos que tenham aproveitado as informações e até a próxima! :)


    Referências:

    • BRASIL. Lei nº 6150, de 03 de dezembro de 1974. Sobre A Obrigatoriedade da Iodação do Sal. Brasília, DF, Congresso Nacional. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6150.htm>. Acesso em: 25 abr. 2015.
    • BRASIL. Portal Brasil. Governo Federal. Quantidade de iodo no sal consumido no Brasil será reduzida. 2013. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/saude/2013/04/quantidade-de-iodo-no-sal-consumido-no-brasil-sera-reduzido>. Acesso em: 25 abr. 2015.
    • REFISA. Por que o Iodo é tão importante? 2013. Disponível em: <http://www.refisa.com.br/noticias/por-que-o-iodo-e-tao-importante>. Acesso em: 25 abr. 2015.
    • FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. Por que o iodo é adicionado ao sal de cozinha? Alunos Online. Disponível em: <http://www.alunosonline.com.br/quimica/por-que-iodo-adicionado-ao-sal-cozinha.html>. Acesso em: 25 abr. 2015.
    • GOLBERT, Lenara; MAIA, Ana Luzia. Implicações do aumento da expressão da proto-oncogene Ras no bócio multinodular. 2006. 44 f. Tese (Doutorado) - Curso de Ciências Médicas, Endocrinologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2006. Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/7815/000557517.pdf?sequence=1>. Acesso em: 25 abr. 2015.